sábado, 15 de março de 2008

E o problema não era na bomba...

Dois dias depois de arrumar a bomba de combustível, o carro dá pau novamente. O carro engasgava, reclamava, gritava e morria. Sem força para andar sequer um quarteirão, lá fui eu com o carro dando partida e morrendo para a oficina.

Cheguei. O mecânico, aquele que havia dito que tinha 90% de chance de ser a bomba, abriu o capô, olhou com um olho fechado e outro aberto com quem procura ângulo, depois com os dois olhos bem abertos, desta vez como quem está espantado ou descobriu alguma coisa. Descobriu.

Catucou um parafuso, pediu para dar a partida e acelerar. Voou um jato de gasolina pro lado dele que gritou: Pára!

Arrumou o que havia feito e pediu para ficar com o carro até o outro dia. Levaria o carro para um amigo que mexe com injeção eletrônica.

No outro dia fui buscar e me foi dito que agora estava tudo regulado e funcionando bem. Mas, e tem sempre um ‘mas’, “se der algum problema você me liga a qualquer hora que eu vou resolver”, me disse o mecânico patoense.

“Ah”, disse ele ratificando, “menos à meia noite que eu posso estar fazendo sexo”. Achei muito triste ter hora marcada para fazer sexo, mas aceitei a condição dele.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Civic no prego: engasgou e morreu

E veio a segunda oficina. Para um carro que “nunca quebra” até que o meu tem me deixado bastante na rua. Ontem, indo para o trabalho, meu carro engasgou, reclamou e apagou. No meio da rua.

Deixei ele descansar um pouco, esfriar. Liguei novamente, estava em ordem. Segui. Mas menos de um quarteirão depois ele parou de novo. Dei a partida e ele pegou, segui. Desta vez, morreu logo. O carro engasgava, sacudia e morria.

Comecei então a fazer o caminho da oficina. Liguei para o mecânico que disse que logo estaria lá. Liguei o motor e o carro andou. Somente o suficiente para chegar a um poste de combustível. Lá, o frentista deu uma olhada e não soube dizer qual o problema.

Deixei o carro esfriar e nisso já tinha perdido boa parte do dia de trabalho. Falei com o mecânico uma segunda vez e ele me disse que tentasse chegar, mesmo com o carro morrendo, à oficina.

E lá fui eu. Ligava, sacudia, perdia força e morria. Acho que fiz esta rotina pelo menos umas dez vezes do posto até a oficina. Mas cheguei. O mecânico ainda não. “Estou numa loja de carros, chego já”, me disse por telefone.

Levou cerca de 40 minutos até ele aparecer e, nesta hora, fui mostrar o problema que, claro, não apareceu. Eu achei que esse tipo de coisa só acontecesse com computadores e técnicos de informática. Mas lá estava o carro funcionando que era uma beleza.

Desafiei então o mecânico a dar uma volta no quarteirão com o carro que há pouco não andava nem 50 metros sem morrer. Fiz o quarteirão, uma, duas e até três vezes e o carro não morreu.

Mesmo assim o mecânico me disse que se fosse como eu estava dizendo só poderia ser uma coisa: a bomba de combustível. Meu Deus, pensei, lá vou eu ficar sem o carro mais uma semana. Mas Deca, o mecânico patoense, disse que seria rápido. E sugeriu: “vá para o trabalho e depois você pega o carro”.

Eu já conheço esta história e assim que o dono deixa a oficina o seu carro passa a ser o último da fila e a menor das prioridades. Eu prefiro esperar aqui, respondi já me acomodando no carro.

Trocando em miúdos para não prolongar o texto tanto quanto foi a minha espera, depois de autorizada a compra da peça, que custou R$ 150, a troca começou. A tal bomba fica em baixo do banco traseiro. Só para os camaradas conseguirem tirar o banco demorou uns 20 minutos!

Quando eram cerca de 17h30, o serviço terminou e eu fui liberado. A troca da bomba em si demorou uns 40 segundos, mas eu perdi uma tarde inteira no processo e ainda ganhei um perfume de gasolina no estofamento que certamente ainda ficará lá por mais alguns dias.

Só para saber, perguntei ainda para Deca o que eu precisaria trocar nos próximos meses, já que meu carro está com 98 mil km rodados. Ele previu que será necessário trocar correias e rolamentos do motor. Não ousei perguntar o preço.
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